Antes de decidir o que fazer em Amsterdã, fique sabendo pois que a cidade vai muito além daqueles estereótipos batidos de filmes com pós-adolescentes bêbados perambulando pelo Red Light District em troca de alguma confusão envolvendo sexo e/ou maconha.
A cidade foi a que mais me surpreendeu durante a minha primeira viagem para a Europa e mostrou que tem sim mais de uma face, servindo à quem busca diversão com limites mais amplos do que no Brasil, mas sendo também a Amsterdã dos tranquilos passeios de bicicleta à beira dos seus famosos canais, pelos quais os casais apaixonados aproveitam para navegar alimentando a concorrência saudável de Amsterdã com outras cidades pelo título de “Veneza do Norte”.
Ao ficar hospedado no lado oeste de Amsterdã, acabei conhecendo também o lado mais família e acolhedor da capital holandesa, que mesmo vivendo sempre à frente do seu tempo no campo das idéias, celebra o passado de glórias com um time de museus de primeira linha, além de possuir ótimas áreas verdes, perfeitas para momentos de descanso e distração.
+ Como ir do Centro de Amsterdã para o Aeroporto
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O que fazer em Amsterdã?
Este roteiro é ideal para quem busca o que fazer em uma primeira viagem para Amsterdã, já que contempla as atrações e locais mais populares da cidade. Acredito que com 3 dias inteiros na cidade ele se cumpre de maneira confortável e sem correria, e talvez ainda sobre tempo para deixar a sua curiosidade te levar para algum lugar que faça a sua viagem ter mais a sua cara do que a minha (Não se esquece de me contar na volta, lá nos comentários ).
Ao final de cada sessão do post, deixei um pequeno box com o serviço, incluindo a direção, os horários de abertura e os endereços dos sites para comprar os ingressos antecipados, seja o próprio site da atração ou dos revendedores oficiais de ingressos na Europa. E no finalzão mesmo deixei um mapa pronto com tudo o que você vai ler aqui, pra você usar como achar melhor.
O Cinturão de Canais: A visão mais tradicional de Amsterdã
Jordaan + 9 Straatjes – A visão mais clássica que a maioria das pessoas tem de Amsterdã, a dos filmes e novelas com aqueles casais apaixonados andando de bike felizões à beira dos canais da cidade, é a que você encontrará ao dedicar algumas poucas horas de caminhada (ou pedaladas, para se inserir de vez no modo de vida da cidade) pelo Jordaan, o mais icônico e tradicional bairro de Amsterdã.
Exatamente entre as duas regiões mais agitadas de Amsterdã, o Jordaan é famoso bairro da cidade e pode ser considerando um oásis de tranquilidade pra quem quer fugir, pelo menos um pouco, da movimentação turística intensa do Centro e da parte oeste da capital holandesa, onde ficam a Leidseplein e a Musemplein.
A arquitetura peculiar, com casas estreitas e altas ao longo das ruas, tem origem em razões que vão muito além do visual. Lá nos idos do Século XVI, o governo local cobrava impostos pela sua intervenção na estrutura das edificações à beira dos canais, com valor proporcional à largura dos imóveis. Com isso, a população passou a construir casas cada vez mais estreitas para não sofrer na hora de fechar as contas.
Um detalhe muito legal dessas casas é que algumas possuem ganchos com roldanas no ponto mais alto, e são inclinadas para frente. Isso se dá pelo fato de que alguns móveis tinham que ser içados e entrar pela janela do andar onde ficariam, e a inclinação da fachada evitava o choque deles contra as janelas de vidro da casa.
+ Conheça as casas mais estreitas de Amsterdã
Cruzando o cinturão de canais que passam pelo Jordaan, as 9 Straatjes (Negen Straatjes em holandês, ou Nove Ruazinhas, na tradução para o português) são a melhor opção para quem procura algo mais exclusivo, que vá além do trinômio H&M, Forever 21 e Primark na hora das compras.
Sendo um verdadeiro shopping a céu aberto, é nessas ruas estreitas e de nomes estranhos que você encontrará diversas boutiques das melhores marcas holandesas de roupas e cosméticos, artigos de design e decoração, além de pequenas livrarias e cafés com ambiente mais alternativo. (Clique na imagem abaixo para ampliar)
Se você já está sonhando com um passeio de bike pela cidade (por sinal uma das melhores coisas para fazer em Amsterdã é conhecê-la de bicicleta, como um legítimo cidadão local), o Jordaan e as ruas à beira dos canais são, sem dúvida alguma, o melhor cenário para desbravar Amsterdã sobre duas rodas.
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+ Canais de Amsterdã foram declarados Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 2010.
Casa de Anne Frank – Nada atrai mais a atenção do público na região dos canais concêntricos do que a casa onde Anne Frank viveu e escreveu o seu famoso diário durante os anos escondida por conta da perseguição nazista aos judeus na Holanda.
Confesso que não me sentia preparado para conhecer de tão perto o que significou o período de guerra e da dominação nazista pelo olhar de uma criança, já que o sofrimento infantil é para mim o que há de mais chocante (dentre um universo de coisas chocantes) na guerra.
Mas enquanto eu esperava sentir algo como os relatos de quem visita os campos de concentração de Auschwitz descrevem, a casa aonde a pequena Anne Frank passou as últimas épocas da sua vida é, ao invés de uma atmosfera pesada e aflita, um espaço solene e de reflexão, que nos ajuda a pensar sobre como não repetir dos erros que a humanidade cometeu no passado (um ato mais que necessário nos dias de hoje).
Há pouco tempo atrás o museu tinha horários separados para quem tinha ingresso comprado antecipadamente e para quem resolvia ir na cara e na coragem encarar as longas filas para os horários restantes. Agora a venda só está sendo feita online e as visitas com horário marcado, sendo aconselhável a compra com pelo menos uma semana de antecedência.
Museu Casa de Anne Frank
Endereço: Prinsengracht 263-267
Horários: Entre 1/Abr. e 1/Nov. – Diariamente, das 9h às 22h. Entre 1/Nov. e 1/Abril – Segunda à Sexta, das 10h às 20h. Sábados, das 9h às 22h, e domingos das 9h às 19h.
Site: www.annefrank.org
Ingressos: €9, a compra é feita diretamente no site do museu
Dam Plein: O Centro das Atenções
Eu gosto sempre de começar a explorar as cidades que visito começando pelo centrão mesmo e descobrindo o que tem em volta. E nenhum ponto representa melhor o Centro de Amsterdã como a Dam Plein (Dam Square, em inglês), o movimentado coração da capital holandesa, onde hordas de pombos, pessoas e charmosos cafés dividem espaço em frente a edifícios fotogênicos ao redor do antigo largo, sendo um deles o próprio Palácio Real Holandês.
Por falar no Palácio Real (Koninklijk Paleis), o imponente prédio erguido no século 17 para sediar a Câmara Municipal de Amsterdã, sendo o grande símbolo da chamada “Era de Ouro” holandesa, foi transformado em uma das residências oficiais da monarquia local. Mas como o Rei Willem Alexander vive com a família real holandesa na cidade de Haia, e só utiliza o palácio de Amsterdã para compromissos oficiais e recepções de estado, ele não se importa de você entrar lá nos dias em que “o barraco” esteja desocupado para apreciar esculturas e cômodos encrustados de mármore, e os quartos ricamente mobiliados da realeza.
Além do Palácio Real, na Dam Plein ainda temos importantes pontos como a De Neuwie Kerk, o Monumento Nacional e a versão holandesa do Madame Tussauds, famoso museu de cêra com filiais em várias cidades do mundo.
De Nieuwe Kerk (Igreja Nova) – “Nova” parece o auge da força de expressão quando estamos falando de uma igreja com mais de 600 anos de construída. Mas quando a gente descobre que a Oude Kerk (Igreja Velha), o outro grande templo de Amsterdã, tem 300 anos a mais na fila do pão, dá pra chamar a Nieuwe de novinha numa boa.
Mais que apenas outro enorme templo de estilo gótico, a Nieuwe Kerk é onde são celebrados os casamentos reais, investiduras e outras cerimônias de grande porte. Mas também é utilizada para diversas exposições culturais que valem a pena dar uma olhada.
Monumento Nacional – Em meio à correria e a loucura que a Dam Plein presencia todo santo dia, um obelisco erguido no extremo oposto ao Palácio Real é a forma que o povo de Amsterdã escolheu para homenagear e lembrar as vítimas da Segunda Guerra Mundial.
Madame Tussauds – Acho que um dos momentos mais engraçados que já passei nas minhas viagens aconteceu dentro do Madame Tussauds, o museu de cêra de Amsterdã. Quem já foi sabe que as estátuas são absurdamente idênticas aos famosos homenageados, chegando ao ponto de demorar um pouco para crer que você está vendo apenas uma estátua, devido à técnica utilizada para manipular a cêra utilizada para fazer os bonecos. Inclusive, é uma ótima oportunidade pra tirar aquela foto fake com o Obama, a Angelina Jolie ou a Rainha Elizabeth II.
Daí, depois de um dia inteiro andando pelas ruas de Amsterdã, nada como descansar na primeira cadeira que encontrei pela frente. E numa dessas, de tão hipnotizado pela timeline do Instagram que nem me mexia, notei que começou a juntar um povo perto de mim. Me dei conta então que eu tava tendo o meu momento de fama dentro do Madame Tussauds!!! E aquele monte de gringo tava ali tentando saber que “estátua” era aquela na fila do pão. #truestory
Como Brasileiro não perde a oportunidade de fazer brasileirice, fiquei imóvel o máximo que pude, e levantei quando não aguentei mais, dando um susto na gringaiada, que caiu no riso junto comigo. =D
No mais, quem é fã da Marvel vai se divertir bastante nas salas dedicadas aos Vingadores e ao Homem Aranha.
Palácio Real de Amsterdã
Endereço: Dam Square
Horários: Somente em dias em que não hajam eventos oficiais no palácio, das 10h às 17h.
Site: www.paleisamsterdam.nl
Ingressos: €10 – Compra diretamente no site do palácio
De Nieuwe Kerk
Endereço: Dam Square
Horários: Todos os dias, das 10h às 17h.
Site: www.nieuwekerk.nl/en/
Ingressos: Atualmente€16, mas varia conforme a exposição. Entrada gratuita para visitantes com o IAmsterdam City Card.
Madame Tussauds Amsterdã
Endereço: Dam Square
Horários: Todos os dias, das 10h às 20h.
Site: www.madametussauds.com/amsterdam/en/
Ingressos: €19,50 antecipadamente no site.
Red Light District: Amsterdã só para maiores
Calma, não me joga no inferno agora, nem sai espalhando que esse blog fica mandando os outros pra lugares “safadinhos” mundo afora.
Sem sombra alguma de dúvida, prefira lembrar de Amsterdã pela beleza da arquitetura e dos canais, moinhos, assim como pelos sabores e a história. Mas, porém, entretanto, todavia, o Red Light District de Amsterdã (Bairro da Luz Vermelha, em português) é uma oportunidade sem igual de ver como, organizando bem – coisa que os holandeses dão aula pra qualquer país no mundo, diga-se de passagem – até zona funciona bem.
Não contente em funcionar bem, ainda vira um ponto turístico bem seguro e frequentado bem mais por curiosos do mundo inteiro do que por quem está realmente à procura dos serviços das garotas nas “vitrines” espalhadas pelos prédios da rua.
A localização exata do Red Light District é o bairro De Wallen, que fica entre a Dam Square e a Centraal Station e os trechos mais famosos são os das Ruas Oudezidjs Vooburgwall e Oudezidjs Achterburgwal que ficam entre a Damstraat e as proximidades da Oude Kerk.
Além de um sem número de bordéis, casas de shows eróticos, e uma alta concentração de coffeeshops, há também atrações digamos assim…”mais light” como o Museu da Prostituição (Red Light Secrets), que conta a história e a evolução da relação entre o Red Light District e Amsterdã, e permite conhecer de forma mais leve o dia-a-dia das meninas que trabalham na região.
Outro lugar que eu acho que não dá pra cortar do roteiro é uma passada na Condomerie, uma loja com os mais variados tipos de camisinha existentes no planeta.
E se quiser pedir perdão pelos pecados cometidos, a Oude Kerk fica bem no final no Red Light District. Só não garanto que vá funcionar, já que à exemplo da Neuwe Kerk, ela não funciona mais como igreja faz um bom tempo.
Red Light Secrets
Endereço: Oudezijds Achterburgwal, 60h
Horários: Todos os dias, das 11h às 0h.
Site: www.redlightsecrets.com
Ingressos: €10 – Compra diretamente no site do museu.
De Oude Kerk
Endereço: Oudekerksplein, 23
Horários: Segunda à SábadoTodos os dias, das 10h às 18h. Domingos, das 13h às 17h30.
Site: /oudekerk.nl/en/
Ingressos: A entrada custa €10. Visitantes com o IAmsterdam City Card tem esta atração incluída e não pagam pelo ingresso.
Condomerie
Endereço: Warmoesstraat 141
Horários: Terças e domingos, das 11h às 18h. Demais dias, das 11h às 21h.
Site: www.condomerie.com
Museumplein: A linha de frente dos museus de Amsterdã
Da mesma forma que Madri, em Amsterdã uma poderosa trinca de museus compartilha a atenção de moradores e visitantes na Museumplein, a Praça dos Museus. O imponente Rijksmuseum passou por uma reforma que durou mais de 10 anos e guarda a coleção de arte da família real holandesa. Já no Van Gogh Museum, diferentes fases da vida do pintor são retratadas na maior coleção de obras e objetos de um dos maiores expoentes artísticos da Holanda. Com uma arquitetura pouco convencional, o Stedelijk Museum, completa o trio com uma coleção voltada para arte moderna, em suas diferentes formas de expressão.
Rijksmuseum – Chamado por muitos de “Louvre de Amsterdã”, você logo notará que a comparação é extremamente forçada e desnecessária, já que em tamanho o Rijksmuseum está mais para um “Museo del Prado de Amsterdã”, e também por possuir um acervo mais voltado à arte local através dos séculos.
A organização das alas em uma linha do tempo ao invés de disciplinas e estilos artísticos é um ponto que torna a visita ao Rijksmuseum um momento ímpar. Tanto as pinturas, quanto as outras formas de arte são dispostas em alas que correspondem ao mesmo século, dando um panorama geral das influências de cada período e das transformações artísticas ao longo do tempo.
A “Era Dourada Holandesa” é o grande destaque e ocupa a galeria de honra do museu com nomes como Rembrandt, o grande nome do Rijksmuseum, na companhia de Johannes Vermeer e Frans Hals, entre outros.
A obra mais procurada pelo público é sem dúvida alguma “A Ronda Noturna”, na qual Rembrandt retrata com perfeição uma cena em movimento. Outras pinturas emblemáticas como “A leiteira” e “A Pequena Rua” (Vermeer) e “O Bebedor Alegre” (Frans Hals) não podem ficar de fora de nenhum roteiro de obras primas pelo Rijksmuseum.
Van Gogh Museum – Você certamente pode encontrar alguns trabalhos isolados do pintor Vincent Van Gogh espalhados por diversos museus ao redor do mundo, mas em nenhum outro você encontrará tanto sobre a sua vida e obra de outro gigante da arte holandesa. São cerca de 200 pinturas, 500 desenhos e vários objetos pessoais e cartas escritas por Van Gogh durante a sua curta vida.
Com um volume tão grande de obras, o processo criativo dentro das diversas fases do trabalho de Van Gogh ficam expostas com um nível de detalhes incomparável, e de quebra o museu abriga as maiores obras do artista, tais como: “Os comedores de batatas”, “O quarto”, “Girassóis”, “Íris” e “Campo de Trigo com Corvos”.
Na alta temporada, as grandes filas são tão certas quanto o ar que você está respirando, mas o museu reserva uma entrada especial para quem chega com ingresso antecipado, então vale muito a pena ser precavido. E pela experiência que tive, recomendo muito comprar o ingresso que dá direito ao audioguia em português, que tem um rota incrível pelas obras primas, com tudo bem explicado.
Stedelijk Museum – Suas tentativas de ver algum sentido e passar a curtir arte moderna ganham uma contribuição de peso com o Stedelijk Museum. Com uma arquitetura um tanto peculiar, o Stedelijk completa a famosa trinca de museus da Museumplein e tem um acervo focado em pinturas, do qual não escapam nomes como Picasso, Monet, Cézanne, Mondrian e Matisse, mas os entusiastas também encontram espaços dedicados à arquitetura, fotografia, design, esculturas e outras formas de arte.
A Museumplein por si só é um espaço a céu aberto perfeito para descansar entre um museu e outro, mas uma das atrações mais procuradas e “instagramáveis” de Amsterdã também fica nela. Estou falando do famoso letreiro “IAmsterdam”, que fica em frente à fachada do Rijksmuseum voltada para a praça, e não escapa à mira da câmera de nenhum visitante. É a certeza de uma foto super original, exclusiva, e pouco disputada. “Só que não!” =D
Durante o inverno, a praça ganha um charme a mais: o espelho d’água que fica de frente para o letreiro congela e vira uma ótima pista de patinação no gelo.
Rijksmuseum
Endereço: Museumplein
Horários: Todos os dias, das 9h às 17h.
Site: www.rijksmuseum.nl
Ingressos:€17,50 o ingresso simples e €22,50 com o audioguia.
Van Gogh Museum
Endereço: Museumplein
Horários: Todos os dias, das 10h às 17h.
Site: www.vangoghmuseum.nl
Ingressos: €17 o ingresso simples. Já os ingressos com audioguia custam €22, sendo também é possível comprar o combo Van Gogh Museum+Cruzeiro pelos Canais de Amsterdã.
Stedelijk Museum
Endereço: Museumplein
Horários: De sábado à quinta, das 10h às 18h. Sexta, das 10h às 22h.
Site: www.stedelijk.nl
Ingressos: €17,50 por pessoa.
A entrada é gratuita para menores de 18 anos nos três museus e visitantes com o IAmsterdam City Card tem entrada liberada no Van Gogh e no Stedelijk Museum.
+Como evitar que a sua viagem para a Europa vire uma maratona insana de museus
Vondelpark: “chill out” ao modo holandês.
É no Vondelpark que turistas e locais tem a maior área verde de Amsterdã, perfeita para se exercitar, tomar um café, passear de mãos dadas dentro de um cenário estonteante, ou simplesmente exercitar a maravilhosa arte de passar um tempo sem fazer exatamente nada, já que descansar e relaxar também é preciso no meio da maratona de atrações a que a gente se submete quanto viaja pra tentar ver tanta coisa interessante em tão pouco tempo.
Como fica bem perto da Museumplein, o Vondelpark é perfeito para um descanso para o corpo entre um museu e outro, e também para fazer um lanchinho para repor as energias. Durante o verão europeu, o parque vira palco para animados festivais de música local.
Heineken Experience: O templo da cerveja em Amsterdã
Eu sou da época em que ainda não havia nem indícios dessa febre toda de cervejas artesanais e Heineken era tipo muito premium para os padrões brasileiros. Hoje, com tantas opções no mercado, muita gente se dá ao luxo de dizer que “Heineken não é lá grandes coisas“, engrossando ainda mais o discurso ao justificar dizendo que “Ah, mas nem os holandeses não gostam de Heineken!“. Pra mim, o problema é todo dos holandeses, já que não existe nenhuma ligação entre a cerveja ser popular e, por isso, ser ruim.
E pra todo mundo que é fã das long necks verdinhas mais famosas do mundo, a lendária fábrica da Heineken em Amsterdã abre as portas diariamente para contar a sua história junto com a de seus fundadores, bem como apresentar o tradicional processo de fabricação, passando pelos ingredientes, as etapas de produção e envase. Em um cinema 4D, você terá a oportunidade de saber como se sente a cerveja ao ser fabricada e engarrafada.
E experiência cervejeira que se preze tem que terminar na mesa de um boteco. No final do tour, um bar com a maior cara de noitada te aguarda ao lado de uma loja de souvenirs bem legal, para você tomar umas geladas e traçar uns aperitivos por conta da casa.
Heineken Experience
Endereço: Stadhouderskade 78, 1072 AE
Horário: Segunda a quinta, 10h30 às 19h30 (última entrada às 17h30)
Sexta a domingo, 10h30 às 21h00 (última entrada às 19h00)
Entre Julho e Agosto, mesmo horário dos finais de semana.
Site: https://www.heineken.com/br/Heineken-Experience
Ingressos:Heineken Experience – € 17 / Combo Heineken Experience + Cruzeiro pelos Canais – € 30
+Guia de Cervejarias de Amsterdã (Ducs Amsterdam)
Passeio de Barco pelos Canais de Amsterdã: O clássico dos clássicos
Quando o assunto é o que fazer em Amsterdã, sem dúvida alguma estamos falando de um dos maiores clássicos!
Isso pelo fato de não só a história da cidade, como de toda a Holanda, estar diretamente relacionada ao modo como a população local se protegeu e tirou proveito das águas do mar do norte e dos rios e canais que picotam as cidades ao longo dos séculos. Aproximadamente 27% da área da Holanda está abaixo do nível do mar, e especialmente em Amsterdã, vemos que o traçado dos canais e os diques que protegem a cidade de alagamentos, mais que uma maravilha arquitetônica, compõem uma complexa obra de engenharia.
E, definitivamente, não há forma melhor de apreciar a cidade do que fazendo o passeio de barco pelos canais mais famosos da cidade. E eu diria que sim, tem um rombo no seu roteiro se você não fizer um passeio por eles, já que são quase o crachá, a impressão digital de Amsterdã.
Existem diversas opções de passeios, mas os mais procurados são os cruzeiros básico e o hop on-hop off.
O cruzeiro básico pelos canais de Amsterdã é o preferido dos viajantes. Depois de sair da Heineken Experience, fui conhecer o Hard Rock Café de Amsterdã, e antes de bater ponto nos botecos da Leidseplein (tudo isso fica bem perto um do outro), aproveitei que havia um ponto de embarque bem perto da área dos bares, e era a época do Festival das Luzes, para fechar a minha primeira viagem para Amsterdã com chave de ouro fazendo o passeio de barco noturno pelos canais da cidade.
Pouco mais de uma hora de navegação é o suficiente para percorrer trechos do cinturão de canais, apreciando a arquitetura tão característica da cidade e as charmosas casas barco. Chegando à área portuária, é impossível não se encantar com a iluminada Centraal Station e com o visual do antigo porto da cidade, que séculos atrás já foi considerado o mais importante do mundo, e hoje abriga o imponente NEMO, o museu de ciências de Amsterdã.
Um pouco mais adiante, antes de adentrar o Rio Amstel (o qual um de seus diques deu o nome da cidade), ancorada no cais do Museu Marítimo de Amsterdã, uma réplica perfeita da Caravela Amsterdam, embarcação utilizada pela Companhia das Índias Orientais, que ajudou a Holanda a monopolizar o comércio com a Ásia em outras épocas.
Apesar de eu ter deixado para o final da viagem, creio que essa seja uma ótima opção de atividade para fazer em Amsterdã se você estiver chegando na cidade após uma viagem cansativa, mas não queira ficar no hotel.
Já a opção hop on-hop off funciona como aqueles ônibus turísticos com uma rota fixa fazendo paradas pelas principais atrações da cidade. Só que nesse caso, o asfalto cede o lugar para as águas dos canais de Amsterdã e o ônibus é substituído pelos barcos.
Acaba que você une o útil ao agradável e, enquanto vai passeando de barco e apreciando a cidade, pode descer e ir curtindo outras atrações como a Praça dos Museus, a Heineken Experience, a Casa da Anne Frank, entre outras. Depois vai utilizando o passe, que dura 24 horas a partir da primeira utilização, para se locomover até a próxima atividade que quiser visitar.
Cruzeiro pelos Canais
Pontos de Partida: Centraal Station (Prins Hendrikkade, 25), Leidseplein e Heineken Experience (Stadhouderskade 78, 1072 AE)
Horário:
Sites:Lovers Canal Cruises, Stromma, Blue Boat e Grayline
Ingressos:Cruzeiro Basicão – €14 / hop on-hop off – €25 / Combo Heineken Experience + Cruzeiro pelos Canais – € 30
Viajantes com o IAmsterdam City Card tem direito ao cruzeiro básico sem necessidade de ingresso.
Outras opções de passeio de barco nos canais de Amsterdã, oferecem experiências gastronômicas mais intimistas como um passeio pelos canais com jantar, o cruzeiro de pizza ou o cruzeiro com jantar romântico para os casais.
Leidseplein: O ponto de encontro mais famoso de Amsterdã
Se mesmo do outro lado do oceano você não resiste à dar aquela relaxada, conversar e ver o tempo passar devagar em um barzinho, nenhum outro lugar será mais perfeito em Amsterdã do que a Leidseplein, uma praça rodeada de bares, boates, restaurantes e coffee shops, incluindo uma filial do Bulldog, uma espécie de Mc Donald’s do ramo (sem trocadilhos) em Amsterdã.
Seja feita a ressalva de que não tenho a mínima autonomia pra falar sobre os coffee shops, e juro que não estou falando isso porquê a minha mãe vai ler esse artigo. É pura caretice mesmo. Mas achei esse artigo do 360 Meridianos bem neutro e informativo, pra quem tem a mente um pouco mais aberta pro assunto e quer saber como é que a coisa funciona de fato por lá.
E o Keukenhof?
O keukenhof é o maior e mais famoso parque de flores do mundo, e é uma das atividades mais procuradas para fazer em Amsterdam, por viajantes do mundo inteiro. Durante a época de abertura, o parque fica repleto de beleza com aproximadamente 7 bilhões de bulbos de flores, criando paisagens extraordinárias. Sem dívida alguma, a grande estrela é a tulipa holandesa, mas outras espécies como o narciso e as orquídeas (entre várias outras) também tem vez por lá.
Como eu visitei Amsterdã durante o inverno europeu e o Keukenhof só fica aberto por um curto período na primavera, a minha visita ficou para a minha próxima ida à Holanda. Mas “pra não dizer que não falei de flores”, segue um combo com as principais informações que eu colhi sobre a ida ao parque:
Onde fica o Keukenhof? O parque não fica na capital, mas sim em Lisse, uma cidade vizinha que fica entre Amsterdã e Haia.
Como Chegar ao Keukenhof? Pegue o ônibus 197 ou um trem até o Aeroporto Schiphol, e na parada dos ônibus pegue a linha 858 (Schiphol x Keukenhof), que demora meros 40 minutos para chegar ao parque.
Quando ir? De 22 de março a 13 de maio 2018, todos os dias, das 8h às 19h30. A entrada no parque só poderá ser feita até às 18h.
Quanto custa o ingresso? Os ingressos para o Keukenhof custam € 17 por pessoa (Temporada 2018).
Dá pra comprar antecipado? Sim. No site Ticketbar, você já pode reservar e garantir as suas entradas para o Keukenhof antecipadamente, sem estresse.
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Onde Ver Moinhos em Amsterdã?
Se você só quiser tirar uma foto em frente à um moinho, é possível fazer isso mesmo estando dentro de Amsterdã. Bem ao lado da famosa cervejaria artesanal Brouwerij’t IJ fica o Molen de Gooyer, o mais alto moinho de madeira da Holanda.
Mas se você quiser 13 moinhos de vento, vaquinhas malhadas, queijos e tamancos, tudo como uma autêntica vila holandesa do interior, recomendo seguir essa dica milimetricamente precisa do blog Matraqueando e passar um dia em Zaanse-Schans, um dos melhores bate-voltas para fazer em Amsterdã.
+5 bate-voltas fantásticos partindo de Amsterdã
Como prometido, segue o mapa com a localização de todas as dicas sobre o que fazer em Amsterdã citadas neste post:
Créditos Imagem de Capa: Ed Webster (Flickr/ Creative Commons)